quinta-feira, 19 de maio de 2011

“Promoção da Eficiência Energética na Iluminação Pública”


“Promoção da Eficiência Energética na Iluminação Pública”

            A eficiência energética consiste numa actividade que procura optimizar o uso de fontes de energia. Para que haja uma utilização racional de energia é necessário utilizarmos menos energia para fornecer a mesma quantidade de valor energético. Como tal, são diversos os equipamentos que consumem de alguma forma uma fonte de energia e, a utilização abusiva das fontes de energia de origem de combustíveis fosseis, como por exemplo, o petróleo (que representa 37% do consumo), o carvão (27% do consumo), o gás natural e o urânio, os quais contribuem grandemente para a libertação de dióxido de carbono para a atmosfera, trazendo assim consequências desastrosas para o planeta.
            Deve atender-se à opinião dada pela Agência Internacional de Energia, segundo a qual, os edifícios energeticamente eficientes, os processos industriais e de transporte poderiam reduzir as necessidades energéticas do mundo em 2050 em cerca de um terço.
            Perante o exposto, julgo ser de extrema importância o projecto que está a ser desenvolvido em Portugal, cujo título é “Promoção da Eficiência Energética na Iluminação Pública”. Segundo este, em Portugal a iluminação pública (IP) é responsável por 3% do consumo eléctrico total, sendo que os respectivos custos energéticos constituem, em alguns casos, mais de 50% das despesas dos municípios com energia, verificando-se nos últimos anos uma tendência de aumento análoga à melhoria dos níveis de iluminação da região (cerca de 4% a 5% por ano).
            Atendendo a estes factos, a Secretária de Estado da Energia e da Inovação, o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, em pareceria com a RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente – a ADENE – Agência para a Energia, a EDP Distribuição, o Lighting Living-Lab em Águeda, o CPI – Centro Português de Iluminação e a Associação Nacional de Municípios – ANMP, promoveu o desenvolvimento de um manual de boas práticas para a melhoria do desempenho energético da IP. Com a edição deste documento pretende-se uma efectiva redução dos consumos de energia associados à IP sem perda dos níveis efectivos de iluminação adequados a diferentes situações.
            Segundo o artigo publicado no jornal do ambiente e energia, é ainda de realçar que existem no mercado diversas soluções e tecnologias que permitem melhorar a eficiência energética da IP, facilitando uma gestão mas eficiente. Estes sistemas podem também permitir economias directas nos consumos de energia e/ou levar a um aumento da vida útil das lâmpadas, permitindo a redução dos custos de manutenção das instalações de IP. O potencial de redução de consumos com IP pode chegar aos 700 GWh/ano (redução de consumos de CO2 de 260.000 ton./ano).

Fontes:

"Verde, cor de direito" - Lições de Direito do Ambiente - Vasco Pereira da Silva
"Câmaras Verdes" - Jornal do ambiente e energia.n.º188

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